D. Sebastião, o Progressista de Portugal
Há, naturalmente, uma predisposição do ser humano para ser sonhador! E vemos isso bem vincado no poema "D. Sebastião Rei de Portugal" de Fernando Pessoa na obra "Mensagem"; que, desde já, aconselho.
Todo o poema é, como que, escrito por D. Sebastião depois da Batalha de Álcacer-Quibir.
O que é curioso, é que se refere ao sonho como a loucura! E é essa mesma loucura que o leva à desgraça (desaparecimento de D. Sebastião).
Depois de ter concluido que a loucura não fora concretizada porque o destino assim não quis, achou que então esse sonho deveria ser tomado por outra pessoa e que outra pessoa fizesse a mesma proeza, desta vez, bem sucedida! Há como que um sujeito predestinado para tal loucura!
É um poema muito interessante sobre Utopia que em última análise se pode aplicar aos dias de hoje!
Nos seguintes versos que integram o poema, podemos ver uma pequena demonstração do ser-humano:
Sem a loucura que é o homem
Mais que a besta sadia,
Cadáver adiado que procria?
Interpreto como; o homem sem loucura, não é mais que um animal irracional!
Veja-se loucura como o sonho e não como doença, porque conclui que com este poema, o "homem" precisa de loucura para sobreviver e isso nos dias de hoje é mais do que preciso uma vez que precisamos de reinventar ideiais e ideologias para progredirmos para o futuro e não ficarmos estagnados no passado.
D. SEBASTIÃO
Rei de Portugal
Louco, sim, louco, porque quis grandeza
Qual a Sorte a não dá.
Não coube em mim minha certeza;
Por isso onde o areal está
Ficou meu ser que houve, não o que há.
Minha loucura, outros que me a tomem
Com o que nela ia.
Sem a loucura que é o homem
Mais que a besta sadia,
Cadáver adiado que procria?
Fernando Pessoa, in Mensagem
Todo o poema é, como que, escrito por D. Sebastião depois da Batalha de Álcacer-Quibir.
O que é curioso, é que se refere ao sonho como a loucura! E é essa mesma loucura que o leva à desgraça (desaparecimento de D. Sebastião).
Depois de ter concluido que a loucura não fora concretizada porque o destino assim não quis, achou que então esse sonho deveria ser tomado por outra pessoa e que outra pessoa fizesse a mesma proeza, desta vez, bem sucedida! Há como que um sujeito predestinado para tal loucura!
É um poema muito interessante sobre Utopia que em última análise se pode aplicar aos dias de hoje!
Nos seguintes versos que integram o poema, podemos ver uma pequena demonstração do ser-humano:
Sem a loucura que é o homem
Mais que a besta sadia,
Cadáver adiado que procria?
Interpreto como; o homem sem loucura, não é mais que um animal irracional!
Veja-se loucura como o sonho e não como doença, porque conclui que com este poema, o "homem" precisa de loucura para sobreviver e isso nos dias de hoje é mais do que preciso uma vez que precisamos de reinventar ideiais e ideologias para progredirmos para o futuro e não ficarmos estagnados no passado.
D. SEBASTIÃO
Rei de Portugal
Louco, sim, louco, porque quis grandeza
Qual a Sorte a não dá.
Não coube em mim minha certeza;
Por isso onde o areal está
Ficou meu ser que houve, não o que há.
Minha loucura, outros que me a tomem
Com o que nela ia.
Sem a loucura que é o homem
Mais que a besta sadia,
Cadáver adiado que procria?
Fernando Pessoa, in Mensagem