Wednesday, December 20, 2006

É Natal?

Sei que estamos perto do Natal. Em férias perco a noção dos dias. Não sei se estamos durante a semana ou se estamos no fim de semana, muito menos sei se hoje é dia 18, 19, ou 20. Pronto, vá lá, hoje sei que é dia 21 porque fui ver ao calendário do computador, já que estava aqui a dizer barbaridades achei por bem hoje distinguir-me dos outros dias e satisfazer a minha não-curiosidade de saber que dia é hoje. Mas pronto, mesmo que não tivesse visto saberia com toda a certeza que o dia de Natal se aproxima.
Todos os anos é sempre a mesma coisa. Músicas antigas que substituem a palavra love por Christmas, acrescentadas com sininhos e guizinhos, os filmes que dão desde que me lembro na televisão intervalados pelos anúncios mais incríveis. (sempre cheios de neve e barretes do Pai Natal: os meus preferidos são sem dúvida os da Moviflor) tentando mostrar qual a melhor prenda a comprar no natal, e a cereja (ou azevinho, já que estamos todos dentro do espírito), as luzes e as músicas que estão na rua que eu quase que ia jurar que foram sempre as mesmas desde que nasci. Adoro as mensagens de paz que tentam passar nesta altura. Não sabia que a paz tinha de ser tão pouco criativa...
Por falar em paz, adoro o ar pacifico e pacifista das pessoas que andam a fazer as compras natalícias ao som da célebre música, que sem a qual nos shoppings e hipermercados não era natal, "a todos um bom natal" (considerada pelo meu pai, uma música com mensagens subliminares que obriga as pessoas a gastar dinheiro compulsivamente, o que eu acredito piamente).

2 Comments:

Anonymous Anonymous said...

O que eu mais gosto no natal é de ver a onda de solidariedade que este impulsiona. dou um exemplo: aqueles pseudo-programas de caridade barata levados a cabo geralmente pela tvi (mas que se têm vindo a alastrar pelos outros canais) são tão uteis quanto solidarios (ou seja, nada). Depois de ver o dito programa, em que as criançinhas são presenteadas alegremente com montes de brinquedos e os pais ajudados financeiramente, proporcionando-lhes um dia maravilhoso, eu observo (para grande contentamento): ainda bem que estas crianças e estas famílias só passam necessidades um dia por ano. (sim, porque nos restantes 364 dias, salvo talvez dias de campanha eleitoral, estas pessoas vivem em palácios, felizes. )

what a shame.

beijinho*

10:35 AM  
Blogger Pedro Mendes said...

por acaso lembrei-me... mas não dá pra por tudo... mas isso merece um artigo único... o mesmo acontece com programas como "Natal dos Hospitais" ou "Natal das Prisões"

8:27 AM  

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